Nos últimos dez anos, o comércio exterior brasileiro
foi rebocado pelo crescimento chinês baseado em uma rápida
urbanização e em pesados investimentos em infraestrutura.
Esse estilo de crescimento gerou uma enorme demanda de
commodities, especialmente de alimentos, minérios e aço.
Entre 2001 e 2010, a China construiu sete milhões de
residências por ano para acomodar os trabalhadores em busca
de ocupação nas cidades.
Desde o surgimento da crise global, em 2008, as
autoridades chinesas tentam mudar o padrão de crescimento
econômico, deslocando a ênfase do investimento e da
exportação para a criação de um mercado interno mais
dinâmico.
Qualquer programa de reformas na segunda maior
economia do mundo seria acompanhado com interesse — e até
com ansiedade — nos demais países, especialmente naqueles
mais dependentes do mercado chinês. A China tornou-se há
alguns anos o principal destino das exportações brasileiras.
Nada mais natural que o interesse brasileiro em relação aos
rumos da economia chinesa e às opções políticas do novo
governo instalado em Pequim. Editorial, O Estado de S.Paulo, 17/3/2013 (com adaptações).
Em relação às ideias e estruturas linguísticas do texto acima, julgue
os próximos itens.
A expressão “Esse estilo de crescimento” (L.4) tem a função
coesiva de retomar informação anterior, contida no trecho
“baseado em uma rápida urbanização e em pesados
investimentos em infraestrutura” (L.2-3).