Simulado Ministério Público do Estado do Ceará | Técnico Ministerial - Área Administrativa | 2019 pre-edital | Questão 111

Língua Portuguesa / Vozes do verbo


Paulo Leminski foi um escritor múltiplo: além de poeta,
traduzia (indo de Petrônio a James Joyce) e escrevia ensaios
(concentrados nos dois volumes de Anseios crípticos), artigos e
romances, e também letras de música. Nascido em Curitiba, no
Paraná, em 1944, numa família em que o pai, de origem polaca,
era militar, e a mãe, de origem negra, era filha de um militar,
estudou para ser monge beneditino no Colégio São Bento, em
São Paulo, onde chegou a escrever um livro sobre a ordem. No
entanto, acabou seguindo o caminho da poesia − em meio à
agitação cultural e política dos anos 1960 e 1970.
No final da década de 70 e durante todos os anos 80,
considerava que os grandes poetas estavam na música popular
brasileira. Assim, era amigo de Caetano Veloso, Gilberto Gil,
Walter Franco e Jorge Mautner, entre outros. Associado à
diversão tropicalista ou pós-tropicalista, no entanto, seu tom de
melancolia era patente tanto nos poemas quanto nos textos em
prosa. Numa homenagem aos 80 anos de Edgard Braga,
escreveu: “Poeta que todos querem ser, se chegarmos até lá”.
Consciência de que não chegaria lá.
Entre seus maiores amigos, estavam também os irmãos
Haroldo e Augusto de Campos e Décio Pignatari. O poeta
paranaense conheceu esse grupo de poetas em 1963, na
Semana Nacional de Poesia de Vanguarda. Em seguida,
publicaria, em dois exemplares da revista Invenção, alguns
poemas, misturando, segundo a apresentação de Décio
Pignatari, “a pesquisa concreta da linguagem com um sentido
oswaldiano de humor”. Além disso, Leminski quis, à sua
maneira, dialogar com os concretos, com seu ousado Catatau,
um romance experimental na linha de Ulisses, de James Joyce,
e Galáxias, de Haroldo de Campos. Para Haroldo, Leminski é o
nome mais representativo “de uma certa geração”, “dono de
uma experiência poética de vida extraordinária, mescla de
Rimbaud e monge beneditino”.
(Adaptado de André Dick. Paulo Leminski e a flor ausente.
www.cronopios.com.br/site/ensaios.asp?id=4027
, 06/06/2009)

Em seguida, publicaria, em dois exemplares da revista Invenção, alguns poemas ...

Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal resultante será:

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Fonte: TéCNICO JUDICIáRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA / TRT 9ª / 2013 / FCC