Simulado Polícia Civil do Ceará - PCCE | Delegado de Polícia | 2019 pre-edital | Questão 753

Língua Portuguesa / Classes de palavras / Preposição e conjunção


Avareza Pão-duro, unha de fome, mão de finado – a lista de apelidos
está lembrando um tio que não abre a mão nem para dar tchau?
Pois saiba que ele não está sozinho. A avareza não é uma exclu-
sividade humana, ao contrário, são regras de sobrevivência para
todas as espécies.
“Todas as criaturas são egocêntricas e egoístas
porque, instintivamente, desejam e procuram energia e outros
recursos”, diz o biólogo Michael Soulé, professor emérito de
estudos ambientais da Universidade da Califórnia. É esse instinto
que leva o cachorro a enterrar o osso para comer mais tarde e você
a fazer uma poupança para trocar de carro. Mas há uma diferença
fundamental. A consciência do egoísmo e da avareza, ou seja, de
poupar para não usar mais que o necessário – é exclusiva do bicho
homem. Nem mesmo os macacos, as baleias e os golfinhos, com
cérebro mais desenvolvido, têm essa capacidade, afirma Soulé.
Assim, só mesmo um humano poderia nadar em uma piscina de
moedas como o Tio Patinhas – jamais um pato – mesmo que a
caixa-forte estivesse cheia de suculentos insetos ou quaisquer
outros alimentos de predileção da espécie.
Assim, há duas formas de perceber a avareza: aquela neces-
sária à sobrevivência, intrínseca a todos os seres vivos e a que
trata do acúmulo desnecessário, mais vinculada a um traço cul-
tural. A avareza do bem, que garantiu a nossa presença na Terra,
é tão antiga quanto a própria vida. O pecado surge das raízes
biológicas para a sobrevivência – a necessidade e o desejo. Se
nossos ancestrais deixassem de buscar comida e sexo, não teriam
resistido nem se preocupariam em manter a espécie. No entanto,
a necessidade é diferente da ganância. Todas as criaturas dese-
jam e procuram energia e outros recursos de forma automática e
instintiva, competindo com seres de sua e de outras espécies. Até
as plantas competem por luz e nutrientes do solo. Já os humanos
são capazes de saber, entender, debater, confessar e até mudar seu
comportamento. Quando são numerosos e os recursos e o poder se
concentram em poucas mãos, tornam-se virulentos e gananciosos. ( Superinteressante, março de 2012. Adaptado)

A conjunção “Mas” em – Mas há uma diferença fundamental – indica, no contexto do primeiro parágrafo,

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Fonte: ASSISTENTE ADMINISTRATIVO / Pref. São Carlos/SP / 2012 / VUNESP