Simulado Polícia Civil do Ceará - PCCE | Delegado de Polícia | 2019 pre-edital | Questão 799

Língua Portuguesa / Regência verbal e nominal


Matrimônio à brasileira No Brasil, essas tradições foram implantadas desde os pri-
meiros tempos coloniais, seguindo as mesmas regras do modelo
social português católico, que regeu os valores e costumes da
colônia durante séculos. Embora os grupos familiares fossem
dispersos, a instituição familiar firmou-se no país tendo como
base o casamento, a priori realizado entre grupos de convívio ou
parentelas, para não dispersarem o patrimônio adquirido.
Diante disso, urgia que viessem para a colônia mulheres
brancas. Poderiam ser órfãs ou meretrizes, diziam os jesuítas.
Pouco importava que essas mulheres não fossem de família. O
importante é que estivessem em condições de se casar com os
colonos, pertencentes a diferentes classes sociais, pois casar-se
com mulheres nativas, ou negras escravas, não teria o mesmo
valor social de casar-se com mulheres da corte.
Contrariando esses ideais, os homens que vieram povoar a
colônia deitavam-se constantemente com as mulheres nativas e
negras, comprovando que as práticas da irracionalidade do ins-
tinto se contrapunham à racionalidade das normas, gerando re-
púdio aos que pretendiam moralizar a sociedade em formação
no Brasil. Degredo, confisco de bens, acusações de crime, entre
outras, eram as punições impostas para quem fosse preso sob a
alegação de ter realizado ou testemunhado um casamento fora
dos moldes cristãos.
Pelo tipo de casamento imposto pelo Arcebispado da Bahia
para efetivar o casamento cristão, os noivos deveriam apresen-
tar à autoridade uma documentação provando serem solteiros e
batizados, além de aguardar denúncias do pregão colocado na
porta da igreja durante três domingos. (...)Mas essa documenta-
ção custava muito caro e se constituiu em grande entrave para a
realização do casamento cristão, levando os homens a se envol-
verem com mulheres nativas ou negras, desviando-se dos inte-
resses da Igreja.
Para burlar essas normas, homens e mulheres uniam-se em
concubinato, que pouco se afastava da prática do casamento cris-
tão.(...) O casal ia à missa, com suas testemunhas, e esperava a
hora em que o padre se voltasse ao público, ou para dar a bênção
ou para descer do altar, para juntos se receberem em voz alta
como marido e mulher. O padre, desprevenido, não podia ne-
gar sua condição de testemunha do ato, sacramentando a união.
Mas nem todos os casais buscavam a bênção e, diante da enor-
me clandestinidade, a Igreja insistia para que o Estado português
acabasse de vez com essas uniões. (Maria Beatriz Nader. História Viva. ed.119. set.2013. Adaptado)
(www2.uol.com.br/historiaviva/reportagens/matrimonio_a_brasileira.html‎)

A regência verbal está de acordo com a norma-padrão da
língua portuguesa em

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Fonte: TéCNICO EM INFORMáTICA / COREN/SP / 2013 / VUNESP