Simulado Agência Nacional de Saúde Suplementar - ANS | Técnico em Regulação de Saúde Suplementar | 2019 pre-edital | Questão 70

Língua Portuguesa / Pontuação


Texto I Os primeiros anos que se seguiram à Proclamação da
República foram de grandes incertezas quanto aos trilhos que
a nova forma de governo deveria seguir. Em uma rápida
olhada, identificam-se dois grupos que defendiam diferentes
formas de se exercer o poder da República: os civis e os
militares. Os civis, representados pelas elites das principais
províncias — São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio
Grande do Sul —, queriam uma república federativa que desse
muita autonomia às unidades regionais. Os militares, por outro
lado, defendiam um Poder Executivo forte e se opunham à
autonomia buscada pelos civis. Isso sem mencionar as
acirradas disputas internas de cada grupo. Esse era um quadro
que demonstrava a grande instabilidade sentida pelos cidadãos
que viveram naqueles anos. Mas havia cidadãos?
Formalmente, a Constituição de 1891 definia como
cidadãos os brasileiros natos e, em regra, os naturalizados.
Podiam votar os cidadãos com mais de vinte e um anos de
idade que tivessem se alistado conforme determinação legal.
Mas o que, exatamente, significava isso? Em 1894, na primeira
eleição para presidente da República, votaram 2,2% da
população. Tudo indica que, apesar de a República ter abolido
o critério censitário e adotado o voto direto, a participação
popular continuou sendo muito baixa em virtude,
principalmente, da proibição do voto dos analfabetos e das
mulheres.
No que se refere à legislação eleitoral, alguns
instrumentos legais vieram a público, mas nenhum deles
alterou profundamente o processo eleitoral da época. As
principais alterações promovidas na legislação contemplaram
o fim do voto censitário e a manutenção do voto direto. Essas
modificações, embora importantes, tiveram pouca repercussão
prática, já que o voto ainda era restrito — analfabetos e
mulheres não votavam — e o processo eleitoral continuava
permeado por toda sorte de fraudes. Ane Ferrari Ramos Cajado, Thiago Dornelles e Amanda Camylla Pereira.
Eleições no Brasil: uma história de 500 anos. Brasília: Tribunal Superior
Eleitoral, 2014, p. 27-8. Internet: <www.tse.jus.br> (com adaptações).

Julgue os itens que se seguem, acerca das estruturas linguísticas do texto I.

A inserção de vírgula logo após “Mas” (R.14) não prejudicaria
a correção gramatical do texto, pois, nesse caso, a utilização da
vírgula é de caráter facultativo.

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Fonte: ANALISTA JUDICIáRIO - ADMINISTRATIVA / TRE/GO / 2015 / CESPE