[3/9/2018] Apesar do pessimismo generalizado em
relação à guerra comercial entre os Estados Unidos da
América (EUA) e a China, as barreiras impostas de um lado
a outro contribuíram para aumentar as exportações
brasileiras para os dois países em alguns setores.
Um levantamento feito pelo Ministério da Indústria,
Comércio Exterior e Serviços (MDIC) mostra que, de
janeiro a julho deste ano, aumentaram as vendas para esses
países de produtos como siderúrgicos, proteína animal e
soja. Os setores atribuem o crescimento das exportações, em
parte, à imposição de barreiras comerciais entre americanos
e chineses.
Em retaliação às sobretaxas impostas pelos
americanos, a China também aumentou as tarifas de
importação de produtos dos EUA, o que trouxe um efeito
colateral positivo para a venda de produtos brasileiros para
aquele mercado. Com isso, de janeiro a julho, houve alta de
18% na venda de soja para a China, o que já é visto como
um sinal de que o Brasil pode ocupar o espaço dos EUA no
fornecimento do grão ao país asiático. A venda de carne de
porco aumentou em 199% para a China nesse período.
Já a exportação de siderúrgicos subiu 38% no período
para os EUA, passando de US$ 1,3 bilhão para US$ 1,8
bilhão. Em volume, as vendas crescem 14,2% no ano, acima
do patamar de alta permitido pelos americanos para este
ano. Em maio, os EUA estabeleceram tarifas de 25% para a
importação de aço de países como a China e os da União
Europeia. O Brasil ficou fora da sobretaxa, mas foi
estabelecida uma cota anual com base na média das vendas
do produto brasileiro nos últimos três anos, o que, na
prática, permite uma alta de cerca de 7% sobre 2017. Disponível em: <https://epocanegocios.globo.com>.
Acesso em: 2 out. 2018, com adaptações.
Os sentidos do texto, assim como a correção gramatical
deste, seriam mantidos caso se substituísse