Simulado Caixa Econômica Federal - CEF | Técnico Bancário Novo | 2019 pre-edital | Questão 330

Língua Portuguesa / Significação das palavras


A língua que falamos, seja qual for (português,
inglês...), não é uma, são várias. Tanto que um dos mais
eminentes gramáticos brasileiros, Evanildo Bechara, disse a
respeito: “Todos temos de ser poliglotas em nossa própria
língua”. Qualquer um sabe que não se deve falar em uma
reunião de trabalho como se falaria em uma mesa de bar. A
língua varia com, no mínimo, quatro parâmetros básicos: no
tempo (daí o português medieval, renascentista, do século XIX,
dos anos 1940, de hoje em dia); no espaço (português lusitano,
brasileiro e mais: um português carioca, paulista, sulista,10
nordestino); segundo a escolaridade do falante (que resulta em
duas variedades de língua: a escolarizada e a não escolarizada)
e finalmente varia segundo a situação de comunicação, isto é,13
o local em que estamos, a pessoa com quem falamos e o motivo
da nossa comunicação ― e, nesse caso, há, pelo menos, duas
variedades de fala: formal e informal.16
A língua é como a roupa que vestimos: há um traje
para cada ocasião. Há situações em que se deve usar traje
social, outras em que o mais adequado é o casual, sem falar nas
situações em que se usa maiô ou mesmo nada, quando se toma
banho. Trata-se de normas indumentárias que pressupõem um
uso “normal”. Não é proibido ir à praia de terno, mas não é
normal, pois causa estranheza.
A língua funciona do mesmo modo: há uma norma
para entrevistas de emprego, audiências judiciais; e outra para
a comunicação em compras no supermercado. A norma culta é
o padrão de linguagem que se deve usar em situações formais.
A questão é a seguinte: devemos usar a norma culta em
todas as situações? Evidentemente que não, sob pena de
parecermos pedantes. Dizer “nós fôramos” em vez de “a gente
tinha ido” em uma conversa de botequim é como ir de terno à
praia. E quanto a corrigir quem fala errado? É claro que os pais
devem ensinar seus filhos a se expressar corretamente, e o
professor deve corrigir o aluno, mas será que temos o direito de
advertir o balconista que nos cobra “dois real” pelo cafezinho? Língua Portuguesa. Internet: w<ww.revistalingua.uol.com.br> (com adaptações).

De acordo com o texto acima, julgue os seguintes itens.

O vocábulo “indumentárias” (R.21) está empregado em sentido
figurado.

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Fonte: CONTADOR / FUB / 2015 / CESPE