Simulado Defensoria Pública da União - DPU | Analista Técnico Administrativo | 2019 pre-edital | Questão 45

Língua Portuguesa / Leitura, compreensão e interpretação de textos


O nome é o nosso rosto na multidão de palavras.
Delineia os traços da imagem que fazem de nós, embora
não do que somos (no íntimo). Alguns escondem seus
donos, outros lhes põem nos olhos um azul que não
possuem. Raramente coincidem, nome e pessoa. Também
há rostos quase idênticos, e os nomes de quem os leva
(pela vida afora) são completamente díspares, nenhuma
letra se igualando a outra.
O do autor deste texto é um nome simples,
apostólico, advindo do avô. No entanto, o sobrenome, pelo
qual passou a ser reconhecido, é incomum. Sonoro,
hispânico. Com uma combinação incomum de nome e
sobrenome, difícil seria encontrar um homônimo. Mas eis
que um surgiu, quando ele andava pelos vinte anos. E
continua, ao seu lado, até agora — sombra amiga.
Impossível não existir aqui ou ali alguma confusão
entre eles, um episódio obscuro que, logo, viria às claras
com a real justificativa: esse não sou eu. Houve o caso da
mulher que telefonou para ele, esmagando-o com
impropérios por uma crítica feita no jornal pelo outro,
sobre um célebre arquiteto, de quem ela era secretária. João Anzanello Carrascoza. Homônimo. In: Diário das
Coincidências. Ed. digital. São Paulo: Objetiva, p. 52 (com adaptações).

No que concerne ao texto precedente, julgue os próximos itens.

A afirmação de que alguns nomes põem nos olhos de seus
donos “um azul que não possuem” (ℓ. 4 e 5) contradiz a ideia
de que os nomes definem não as qualidades reais de cada
um, mas o modo como os outros o veem.

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Fonte: POLICIAL RODOVIáRIO FEDERAL / PRF / 2019 / CESPE