Simulado Tribunal Regional do Trabalho - 3ª Região (MG) | Analista Judiciário - Contabilidade | 2019 pre-edital | Questão 302

Português / Compreensão e interpretação de textos


Em razão do aumento progressivo da concentração de
gases do efeito estufa e de alterações no uso do solo, o clima
no Brasil do final do século XXI será provavelmente bem dife-
rente do atual, a exemplo do que deverá ocorrer em outras par-
tes do planeta. As projeções indicam que a temperatura média
em todas as grandes regiões do país, sem exceção, será de 3º
a 6º mais elevada em 2100 do que no final do século XX, a de-
pender do padrão futuro das emissões desses gases.
As chuvas devem apresentar um quadro mais com-
plexo. Em biomas como a Amazônia e a caatinga, a quantidade
estimada poderá ser 40% menor. Nos pampas, há uma tendên-
cia de que ocorra o inverso, com um aumento de cerca de um
terço nos índices gerais de pluviosidade ao longo deste século.
Nas demais áreas do Brasil, os modelos climáticos também in-
dicam cenários com modificações preocupantes, mas o grau de
confiabilidade dessas projeções é menor. Ainda assim, há indí-
cios de que poderá chover significativamente mais nas porções
de mata atlântica do Sul e do Sudeste e menos na do Nordeste,
no cerrado, na caatinga e no pantanal.
O cenário apresentado indica que os brasileiros vão
conviver tanto com mais períodos de seca prolongada como de
chuva forte, às vezes um após o outro. Isso sem considerar a
possibilidade do aparecimento de fenômenos com grande po-
tencial de destruição, antes raros no país, como o furacão que
atingiu a costa de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul em
março de 2004. Nas grandes áreas metropolitanas, e mesmo
em cidades de médio porte, o avanço do concreto e do asfalto
intensifica o efeito ilha urbana de calor, tornando-as mais quen-
tes e alterando seu regime de chuvas.
Esse quadro faz parte do mais completo diagnóstico já
produzido sobre as principais tendências do clima futuro no
país: o primeiro relatório de avaliação nacional (RAN1) do Pai-
nel Brasileiro de Mudanças Climáticas (PBMC), criado em 2009
pelos ministérios do Meio Ambiente (MMA) e da Ciência, Tecno-
logia e Inovação (MCTI). (Adaptado de Marcos Pivetta. Revista Fapesp, agosto de 2013,
p. 16-17)

O assunto central do texto é

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Fonte: TéCNICO JUDICIáRIO - ÁREA APOIO ESPECIALIZADO/ESPECIALIDADE CONTABILIDADE / TRF 4ª / 2014 / FCC