Simulado Tribunal Regional do Trabalho - 3ª Região (MG) | Analista Judiciário - Contabilidade | 2019 pre-edital | Questão 316

Português / Emprego de tempos e modos verbais


"Temos de agir agora para evitar o pior", comentou o
agrônomo Eduardo Assad, pesquisador da Embrapa, ao
apresentar as conclusões de um dos capítulos do primeiro
relatório do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas − PBMC.
Os pesquisadores esperam que as informações sirvam para
nortear a elaboração e a implantação de políticas públicas e o
planejamento das empresas.
Os desafios apontados no relatório são muitos. Ele in-
dica que as consequências da elevação da temperatura média
global serão dramáticas no Brasil. De acordo com os modelos
computacionais de simulação do clima, a agricultura será o
setor mais afetado, por causa das alterações nos regimes de
chuva. "Mesmo que a quantidade de chuva fique inalterada, a
disponibilidade de umidade do solo deve diminuir, em conse-
quência da elevação da temperatura média anual, que intensifica
a evapotranspiração", diz outro especialista. Segundo ele, esse
fenômeno deve prejudicar os cultivos agrícolas em regiões onde
a escassez de água é constante, como o semiárido nordestino.
Uma provável consequência da redução da produ-
tividade agrícola e da área de terras aptas à agricultura é a
queda na renda das populações, intensificando a pobreza e a
migração da área rural para as cidades que, por sua vez, deve
agravar os problemas de infraestrutura (habitação, escola,
saúde, transporte e saneamento).
Os efeitos na agricultura já podem ser dimensionados.
"De 1990 a 2010, a intensidade da precipitação dobrou na
região do cerrado", diz Assad, "e o padrão tecnológico atual da
agricultura ainda não se adaptou a esses novos padrões".
Agora, segundo ele, torna-se imperioso investir intensivamente
em sistemas agrícolas consorciados, e não somente na pro-
dução agrícola solteira, de modo a aumentar a fixação biológica
de nitrogênio, reduzir o uso de fertilizantes e aumentar a rotação
de culturas. "Temos de aumentar a produtividade agrícola no
Centro-Oeste, Sudeste e Sul, para evitar a destruição da Ama-
zônia. A reorganização do espaço rural brasileiro agora é
urgente."
Cheias e secas mais frequentes e intensas devem causar
uma redução na produção agrícola também por outra razão.
Pesquisadores da Embrapa concluíram que algumas doenças −
principalmente as causadas por fungos − e pragas podem se
agravar em muitas culturas analisadas, em decorrência da
elevação dos níveis de CO2 do ar, da temperatura e da radiação
ultravioleta, acenando com a possibilidade de aumento de
preços e redução da variedade de cereais, hortaliças e frutas.
Cheias e secas devem também alterar a vazão dos rios
e prejudicar o abastecimento dos reservatórios das hidrelétricas,
acelerar a acidificação da água do mar e reduzir a biodiver-
sidade dos ambientes aquáticos brasileiros. A perda de biodi-
versidade dos ambientes naturais deve se agravar; alguns já
perderam uma área expressiva − o cerrado, 47%, e a caatinga,
44% − a ponto de os especialistas questionarem se a recupe-
ração do equilíbrio biológico característico desses ambientes
seria mesmo possível. (Adaptado de: FIORAVANTI, Carlos. Revista FAPESP, agosto
de 2013, p. 23 e 24)

... que as informações sirvam para nortear a elaboração e
a implantação de políticas públicas e o planejamento das
empresas. (1º parágrafo)



O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo em que se
encontra o grifado acima está em:

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Fonte: TéCNICO JUDICIáRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA / TRE/RO / 2013 / FCC