Simulado Tribunal de Contas da União - TCU | Técnico Federal de Controle Externo | 2019 pre-edital | Questão 343

Língua Portuguesa / Sintaxe da oração e do período


Ninguém escreveu um romance sobre um personagem
cujo característico maior é ser sadio. Há um silêncio literário
a respeito, contrapartida ao silêncio dos órgãos — uma das
definições que já foram dadas à saúde. Teoricamente, a higidez
não tem voz. Para muitas pessoas, estar sadio é simplesmente,
e ao contrário do que pretende a OMS, não estar doente. Mas
será que isso é suficiente?
Para falar de saúde, precisamos aprender o idioma da
saúde. Não é fácil. A própria palavra “saúde”, que usamos
sobretudo para alguém que espirra, soa prosaica, convencional,
babaca até. “É o mais tolo vocábulo em nosso idioma”, disse,
com desprezo, o iconoclasta Oscar Wilde.
Mudar o jeito que falamos de saúde significa mudar o
nosso estilo de vida. No começo, lutamos contra a inércia.
Mas então vem aquilo que poderíamos chamar de “salto de
qualidade” e passamos a um novo patamar de nossa existência.
Passamos a dialogar com nosso corpo e, para nossa surpresa,
descobrimos que esse é um diálogo gratificante. Sabem-no bem
as pessoas que embarcam em um programa de exercício. A
sensação de bem-estar que se tem depois é algo extraordinário.
São as endorfinas? Bem, então são as endorfinas. Se o corpo se
expressa através delas, tudo bem. Às vezes, a voz da saúde é a
voz do corpo grato. Moacir Scliar. O idioma da saúde. In: Almanaque Visa É, ano II,
nº 2. Brasília: Agência Nacional de Vigilância Sanitária, 2009,
p. 7. Internet: <http://portal.anvisa.gov.br> (com adaptações).

No que se refere às ideias e às estruturas linguísticas do texto,
julgue os itens seguintes.

Na linha 18, a forma “no” desempenha a função de
complemento direto da forma verbal “Sabem” e funciona como
elemento de coesão, uma vez que retoma a informação
segundo a qual o diálogo com o corpo é gratificante.

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Fonte: TéCNICO ADMINISTRATIVO / ANVISA / 2016 / CESPE