Simulado Tribunal de Contas da União - TCU | Auditor Federal de Controle Externo - Tecnologia da Informação | 2019 pre-edital | Questão 1008

Língua Portuguesa / Domínio da estrutura morfossintática do período / Relações de coordenação e subordinação entre orações e entre termos da oração


O orgulho é a consciência (certa ou errônea) do nosso
valor próprio; a vaidade é a consciência (certa ou errônea) da
evidência do nosso valor aos olhos dos outros. Um homem
pode ser orgulhoso sem ser vaidoso, pode ser a um tempo
vaidoso e orgulhoso, pode ser — pois tal é a natureza humana
— vaidoso sem ser orgulhoso. À primeira vista, é difícil
compreender como podemos ter consciência da evidência do
nosso valor no conceito dos outros sem a consciência do nosso
valor em si. Se a natureza humana fosse racional, não haveria
qualquer explicação. No entanto, o homem vive primeiro uma
vida exterior, e depois uma vida interior; a noção do efeito
precede, na evolução do espírito, a noção da causa interior
desse mesmo efeito. O homem prefere ser tido em alta conta
por aquilo que não é a ser tido em meia conta por aquilo que é.
Assim opera a vaidade. Walmir Ayala (Coord e introd ) Fernando Pessoa
Antologia de Estética.

Teoria e Crítica Literária Rio de
Janeiro: Ediouro, 1988, p 88-9 (com adaptações)
Acerca dos aspectos linguísticos do texto precedente e das ideias
nele contidas, julgue os próximos itens.

Na linha 14, as expressões “por aquilo que não é” e “por aquilo
que é” exprimem causa.

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Fonte: ANALISTA PORTUáRIO I - ÁREA ADMINISTATIVA / EMAP / 2018 / CESPE