Simulado Advocacia Geral da União - AGU | Analista Técnico-Administativo | 2019 pre-edital | Questão 299

Língua Portuguesa / Domínio dos mecanismos de coesão textual / Emprego/correlação de tempos e modos verbais


Conheça Aris, que se divide entre socorrer e fotografar náufragos
Profissional da AFP diz que a experiência de documentar o sofrimento dos refugiados deixou-o mais rígido com as próprias filhas. O grego Aris Messinis é fotógrafo da agência AFP em Atenas. Cobriu guerras e os protestos da Primavera Árabe.
Nos últimos meses, tem se dedicado a registrar a onda de refugiados na Europa. Ele conta em um blog da AFP, ilustrado
com muitas fotos, como tem sido o trabalho na ilha de Lesbos, na Grécia, onde milhares de refugiados pisam pela
primeira vez em território europeu. Mais de 700.000 refugiados e imigrantes clandestinos já desembarcaram no litoral
grego este ano. As autoridades locais estão sendo acusadas de não dar apoio suficiente aos que chegam pelo mar, e há
até a ameaça de suspender o país do Acordo Schengen, que permite a livre circulação de pessoas entre os
Estados-membros.
Messinis diz que o mais chocante do seu trabalho é retratar, em território pacífico, pessoas que trazem no rosto o
sofrimento da guerra. “Só de saber que você não está em uma zona de guerra torna isso ainda mais emocional. E muito
mais doloroso”, diz Messinis. Numa guerra, o fotógrafo também corre perigo, então, de certa forma, está em pé de
igualdade com as pessoas que protagonizam as cenas que ele documenta. Em Lesbos, não é assim. Ele está em absoluta
segurança. As pessoas que chegam estão lutando por suas vidas. Não são poucas as que morrem de hipotermia mesmo
depois de pisar em terra firme, por falta de atendimento médico.
Exatamente por causa dessa assimetria entre o fotojornalista e os protagonistas de suas fotos, muitas vezes
Messinis deixa a câmera de lado e põe-se a ajudá-los. Ele se impressiona e se preocupa muito com os bebês que chegam
nos botes. Obviamente, são os mais vulneráveis aos perigos da travessia. Messinis fotografou os cadáveres de alguns
deles nas pedras à beira-mar.
O fotógrafo grego diz que a experiência de ver o sofrimento das crianças refugiadas deixou-o mais rígido com as
próprias filhas. As maiores têm 9 e sete anos. A menor, 7 meses. Quando vê o que acontece com as crianças que
chegam nos botes, Messinis pensa em como suas filhas têm sorte de estarem vivas, de terem onde morar e de viverem
num país em paz. Elas não têm do que reclamar. (Por: Diogo Schelp 04/12/2015. Disponível em: http://veja.abril.com.br/blog/a-boa-e-velha-reportagem/conheca-aris-que-se-divide-entre-
socorrer-e-fotografar-naufragos/.)

O tempo verbal utilizado na seguinte oração do texto: “O grego Aris Messinis é fotógrafo da agência AFP em Atenas.”
indica

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Fonte: ADMINISTRADOR / Prefeitura de Natal/RN / 2016 / IDECAN