Simulado Departamento de Polícia Federal - DPF | Escrivão de Polícia Federal | 2019 pre-edital | Questão 408

Língua Portuguesa / Compreensão e interpretação de textos de gêneros variados


Texto CB1A1AAA Já houve quem dissesse por aí que o Rio de Janeiro é
a cidade das explosões. Na verdade, não há semana em que os
jornais não registrem uma aqui e ali, na parte rural.
A ideia que se faz do Rio é a de que é ele um vasto
paiol, e que vivemos sempre ameaçados de ir pelos ares, como
se estivéssemos a bordo de um navio de guerra, ou habitando
uma fortaleza cheia de explosivos terríveis.
Certamente que essa pólvora terá toda ela emprego
útil; mas, se ela é indispensável para certos fins industriais,
convinha que se averiguassem bem as causas das explosões,
se são acidentais ou propositais, a fim de que fossem removidas
na medida do possível. Isso, porém, é que não se tem dado e
creio que até hoje não têm as autoridades chegado a resultados
positivos.
Entretanto, é sabido que certas pólvoras, submetidas
a dadas condições, explodem espontaneamente, e tem sido essa
a explicação para uma série de acidentes bastante dolorosos, a
começar pelo do Maine, na baía de Havana, sem esquecer
também o do Aquidabã.
Noticiam os jornais que o governo vende, quando
avariada, grande quantidade dessas pólvoras.
Tudo indica que o primeiro cuidado do governo devia
ser não entregar a particulares tão perigosas pólvoras, que
explodem assim sem mais nem menos, pondo pacíficas vidas
em constante perigo.
Creio que o governo não é assim um negociante
ganancioso que vende gêneros que possam trazer a destruição
de vidas preciosas; e creio que não é, porquanto anda sempre
zangado com os farmacêuticos que vendem cocaína aos
suicidas. Há sempre no Estado curiosas contradições. Lima Barreto Pólvora e cocaína In: Vida urbana, 5/1/1915
Internet: <www.dominiopublico.gov.
br> (com adaptações)

Com relação às ideias do texto CB1A1AAA, que data de janeiro
de 1915, julgue os itens a seguir.

Conforme o texto, o governo vendia a particulares todo o
excedente de explosivos não utilizados.

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Fonte: ADVOGADO / EBSERH / 2018 / CESPE