Simulado Inst. Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE | Agente Censitário Regional | 2019 pre-edital | Questão 44

Língua Portuguesa / Significação das palavras: sinônimos, antônimos, homônimos e parônimos


País precisa racionalizar 
consumo de eletricidade?  Há previsão de chuvas para a maior parte das regiões do país 
nos próximos dias. Ainda assim, por força da longa estiagem que 
afetou  o  Sudeste  e  o  Centro‐Oeste,  o  Operador  Nacional  do 
Sistema  Elétrico  (NOS)  trabalha  com uma estimativa de que no 
atual período úmido o volume de chuvas não ultrapasse 67% da 
média histórica nas áreas que abrigam os principais reservatórios 
das hidrelétricas. 
No Sudoeste, o volume de água acumulada nos reservatórios 
caiu para o mesmo patamar registrado em igual período em 2001 
(34%),  ano  em  que  o  país  teve  de  recorrer  a  um  programa  de 
racionamento  de  eletricidade.  Desde  então  muita  coisa 
aconteceu para reduzir a necessidade de um novo racionamento. 
Linhas  de  transmissão  foram  instaladas,  aumentando  a 
capacidade de  transferência de eletricidade de uma  região para 
outra  (em  2001,  de  fato,  a  energia  que  sobrava  no  Sul  ou  no 
Norte  não  pôde  ser  transferida  para  o  Sudeste  e  o  Nordeste).  
O  parque  gerador  também  recebeu  considerável  reforço  de 
usinas termoelétricas e há uma crescente contribuição da energia 
eólica,  ainda  que  em  termos  relativos  essa  participação  não 
ultrapasse 1% da eletricidade consumida. 
Mas a verdade é que a oferta de energia depende agora dos 
humores de São Pedro. A hidroeletricidade responde por mais de 
70%  da  capacidade  de  geração,  e  praticamente  todas  as  novas 
usinas  hidráulicas  operam  a  fio  d’água,  ou  seja,  dependem  da 
vazão  dos  rios.  Se  estivessem  concluídas,  as  usinas  de  Jirau  e 
Santo Antônio,  no Madeira,  e Belo Monte,  no  Xingu,  poderiam 
estar operando a plena capacidade em face da grande cheia dos 
rios que as abastecem. 
Os  reservatórios  remanescentes  não  mais  asseguram  o 
suprimento  de  eletricidade  do  país  por  vários  anos,  e  sim  por 
meses. 
Em  pleno  período  úmido,  quando  a  ocorrência  de  chuvas 
abundantes ainda é possível, talvez não faça sentido a adoção já 
de  um  plano  de  racionamento  de  energia.  Com  a  economia 
crescendo  pouco,  o  racionamento  precipitado  poderia  ter 
impacto negativo desnecessário  sobre a produção,  já debilitada 
por  outros  fatores.  No  entanto,  como  a  situação  dos 
reservatórios  está  em  ponto  crítico  e  a  previsão  de  chuvas  é 
incerta, o mínimo que  se deveria esperar das autoridades  seria 
um esforço em prol da  racionalização do uso de energia,  como 
primeira  iniciativa.  No  passado,  a  população  e  os  setores 
produtivos  deram  provas  de  que  respondem  com  presteza  aos 
estímulos  à  racionalização  do  consumo  de  eletricidade.  E,  se 
preciso for, todos estariam preparados para o racionamento, em 
um segundo momento. 
O  que  não  pode  é  o  governo  ficar  de  braços  cruzados,  por 
causa  do  ano  eleitoral,  fingindo  que  não  há  qualquer  risco  de 
desabastecimento.  Por  causa  de  seus  interesses  políticos,  o 
governo  não  deveria  jogar  com  a  sorte  e  expor  a  população  a 
uma situação com consequências muito sérias se o país tiver de 
ser submetido, mais tarde, a um forte racionamento de energia. (Opinião, O Globo, 07/03/2014)

Assinale a opção que mostra um antônimo adequado.

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Fonte: TéCNICO EM ENFERMAGEM / SUSAM/AM / 2014 / FGV