Simulado Polícia Civil do Estado da Bahia - PC/BA | Investigador de Polícia | 2019 pre-edital | Questão 213

Língua Portuguesa / Compreensão e interpretação de textos de gêneros variados


Personagem do imaginário popular e de uma novela,
a marquesa de Santos, célebre amante de dom Pedro I,
aos poucos deixa o rodapé da história para ganhar perso-
nalidade, ambição e protagonismo mais nítidos. A partir de
arquivos pouco estudados, pesquisadores e historiadores
redesenham a trajetória da paulista Domitila de Castro Canto
e Melo como uma mulher forte, independente, pragmá-
tica e de excepcional tino financeiro. “Domitila era plural,
muito mais que uma amante”, resume o historiador Paulo
Rezzutti, que está relançando seu livro Domitila – A verda-
deira História da Marquesa de Santos, de 2013, com docu-
mentos inéditos e reveladores.
O mais significativo, em termos históricos, é o diário que
confirma a existência do primeiro dos cinco filhos dos dois
amantes, um menino sobre o qual se especulava haver nas-
cido, mas de quem não se tinha notícia de ter sobrevivido.
Mesmo sendo criticada pelas costas e alvo constante
de caricaturas e artigos injuriosos, Domitila, mulher bonita,
inteligente e alegre, experimentou ascensão social meteórica
na capital. Frequentava seus saraus todo mundo que era
importante. No ápice da trajetória de amante imperial, foi
nomeada dama de honra da pobre Leopoldina, que sofria
com a situação, e ganhou o título de marquesa, o segundo
degrau da nobreza brasileira.
A paixão de Domitila e dom Pedro ficou registrada em
cartas não recomendáveis para menores. “Ele a amava com
amor selvagem, sem conhecer limites nem regras de direito,
moral ou religião”, diz a historiadora Mary Del Priore, que
pesquisou a vida da marquesa. (Luísa Bustamante, As faces de Domitila. Veja, 09.08.2017. Adaptado)

Segundo o texto, a amante de dom Pedro I

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Fonte: AUXILIAR LEGISLATIVO / Pref. Itanhaém/SP / 2017 / VUNESP