Simulado Polícia Militar do Estado de São Paulo - PMESP | Soldado PM 2ª Classe | 2019 pre-edital | Questão 127

Língua Portuguesa / Classes de palavras: substantivo, adjetivo, numeral, pronome, verbo, advérbio, preposição e conjunção: emprego e sentido que imprimem às relações que estabelecem


Não é uma boa ideia aposentar a tradicional escrita à
mão, com lápis e caderno, como ferramenta didática.
Estudos recentes mostram que tanto crianças que estão
sendo alfabetizadas quanto adultos podem ter vantagens no
aprendizado quando colocam as palavras no papel, à ma-
neira antiga.
No caso dos pequenos, traçar as letras com lápis e
caneta parece ser uma ginástica mental mais poderosa do
que simplesmente procurá-las num teclado, além de poten-
cializar o aprendizado do vocabulário e ser mais útil contra
problemas como a dislexia. Para os jovens, anotações feitas
em cadernos têm mais potencial para ajudá-los a fixar o con-
teúdo da aula.
Num estudo publicado na revista científica “Trends in
Neuroscience and Education”, pesquisadoras observaram
o que acontece no cérebro de crianças com idades entre
quatro e cinco anos que estavam começando a ler.
Meninos e meninas foram divididos em três grupos.
O primeiro era ensinado a traçar letras de fôrma manual-
mente; o segundo cobria uma linha pontilhada; o terceiro
tinha de identificar a letra num teclado de computador.
Depois as crianças foram colocadas em aparelhos de
ressonância magnética e reviam, lá dentro, as letras que
tinham praticado.
As imagens de ressonância deram às cientistas uma
ideia sobre o grau de ativação de cada região do cérebro
das crianças. Tanto a diversidade de áreas cerebrais ativadas
quanto a intensidade dessa ativação foram mais acentuadas
nos pequenos que tinham sido treinados a escrever as letras
“do zero”.
Para os autores, os achados apoiam a hipótese de que a
escrita tradicional ajudaria o desenvolvimento mental infantil,
em especial na capacidade de abstração.
O resultado desse processo pode ser percebido em alu-
nos de universidades. Um artigo na revista “Psychological
Science” mostrou que aqueles que anotavam o conteúdo de
palestras à mão retiveram mais da aula do que os que usa-
ram notebooks.
Ao anotar à mão, o aluno precisa reorganizar os dados
da aula com sua própria lógica, o que o ajuda a entender
melhor o que o professor está explicando.
“A grande vantagem na alfabetização é que, para as
crianças, o ato de escrever está muito associado ao ato de
desenhar, o que incentiva os alunos a manipular o lápis e
a caneta”, diz Eloiza Centeno, coordenadora pedagógica de
educação infantil.
“Mais tarde, a gente nota uma facilidade maior com o
teclado quando a questão é ter fluência e velocidade para
escrever”, conta. “Não acho que seja o caso de usar aqueles
exercícios antigos de caligrafia, mas dá para trabalhar a fluên-
cia e a legibilidade na escrita à mão, até mesmo por ser uma
habilidade ainda indispensável no vestibular.” (Reinaldo José Lopes. Folha de S.Paulo, 08.07.2014. Adaptado)

Leia as frases elaboradas a partir do texto.



As pesquisadoras haviam recomendado às crianças
do primeiro grupo
que traçassem letras de fôrma manualmente.


Todas as crianças foram colocadas em um aparelho
de ressonância magnética onde novamente reviram as
letras que haviam praticado
.



Assinale a alternativa em que os pronomes substituem
corretamente os trechos destacados e estão adequadamente colocados nas frases.

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Fonte: PROFESSOR DE HISTóRIA / Pref. Alumínio/SP / 2016 / VUNESP