Simulado Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares - EBSERH | Cargo: 900 - Assistente Administrativo | 2019 | Questão 39

Língua Portuguesa / Acentuação gráfica


Afinal: o que é a “morte cerebral”?
A declaração de morte cerebral é um conceito relativamente novo na medicina e envolve o preenchimento de critérios clínicos e laboratoriais O cérebro humano é o órgão que nos torna únicos.
Possibilita que pensemos, falemos e organiza, de uma forma
ou outra, todo nosso consciente e inconsciente. Claro, todos
os órgãos são relevantes, e, sem o conjunto, não poderíamos
funcionar de maneira adequada. Mas a verdade é que, do ponto
de vista evolutivo, todos os órgãos desenvolveram-se para
permitir manter um cérebro cada vez mais exigente e complexo.
Aprimoraram-se os mecanismos de defesa, de alimentação,
de locomoção, entre outros, para que as sensações e ordens
trabalhadas no cérebro fossem elaboradas.
E quando o cérebro deixa de funcionar, ou seja, morre,
todas as outras funções deixam de ser necessárias; muitas
delas ficam descoordenadas pela simples falta da atividade
cerebral adequada.
Até pouco tempo atrás, o indivíduo morria quando seu
coração parava de bater. Hoje sabemos que o indivíduo está
morto quando seu cérebro morre. Mas, não há muito tempo,
também achávamos que as sensações (o amor, por exemplo),
emanavam do coração.
Apesar disto parecer “bom senso”, o conceito de “morte
cerebral” e seu adequado diagnóstico são tópicos recentes
e datam de apenas algumas décadas. A necessidade de
conceituar formalmente a “morte cerebral” ou “morte encefálica”
tomou impulso quando se iniciou a era dos transplantes de
órgãos, e tornou-se necessário protocolizar seu diagnóstico,
já que indivíduos com morte cerebral poderiam então ser
considerados possíveis doadores.
Existem algumas diferenças para a definição de morte
cerebral em diferentes países, mas muitos aspectos são
comuns. Em primeiro lugar, o indivíduo deve ter algumas
características clínicas, que são facilmente reconhecidas por
um neurologista: falta de reação à dor, falta de movimentação,
ausência de respiração, pupilas dilatadas e não responsivas
à luz etc. Claro, o indivíduo não pode ter recebido nenhuma
medicação nas 24 horas anteriores que possa causar isto.
Cada um destes aspectos foi regulamentado: ver se o paciente
respira, ver a reação à dor, as pupilas etc, de modo que a
avaliação pudesse ser replicada, independente do ambiente
em que o indivíduo esteja. [...]
Uma vez definida adequadamente a morte encefálica, o
indivíduo poderá ter seus órgãos doados (caso tenha havido
consentimento para tal), um ato que possivelmente poderá
ajudar a salvar várias vidas. A partir deste momento, as medidas
de suporte de vida são, em tese, desnecessárias. (Disponível: http://veja.abril.com.br/blog/letra-de-medico/afinal-o-que-
e-a-morte-cerebral/ Acesso em: 07/02/17

Dentre as palavras abaixo, presentes no texto, assinale
a opção cujo vocábulo é acentuado por uma regra
diferente da que justifica a acentuação dos demais.

Voltar à pagina de tópicos Próxima

Fonte: AUXILIAR DE NECRóPSIA E AUXILIAR DE PERíCIA / Polícia Científica/ PR / 2017 / IBFC