Simulado Departamento de Polícia Federal - DPF | Agente Administrativo 2016 | 2019 pre-edital | Questão 117

Língua Portuguesa / Pontuação


Texto I Faço compras no supermercado. Encho o tanque do
automóvel. Compro um livro, um filme, um CD. Vou almoçar,
pago a conta, saio. E então reparo que não encontrei um único
ser humano em todo o processo. Só máquinas. Eu, o meu
cartão de crédito ― e uma máquina. Então penso: será que
Paul Lafargue (1842–1911) tinha razão?
Lafargue é pouco lido hoje em dia. Genro do famoso
Karl Marx, Lafargue escreveu O direito à preguiça em finais
do século XIX. Para deixar uma mensagem otimista: a
humanidade deixará o trabalho para trás porque o progresso
tecnológico vai libertar os homens da condenação da jornada.
A mensagem de Lafargue é uma espécie de profecia
bíblica do avesso: quando Adão e Eva foram expulsos do
paraíso, Deus condenou o par desobediente a ganhar a vida
com o suor do rosto. As máquinas, escreveu Lafargue,
permitirão que os homens regressem ao paraíso, deixando as
canseiras da labuta para os brinquedos da tecnologia.
Não sei quantas vezes li o opúsculo de Lafargue.
Umas dez. Umas cem. Sempre à espera do dia em que a
máquina libertaria os homens para o lazer. João Pereira Coutinho. Nós, os escravos. In: Internet:
<www1.folha.uol.com.br> (com adaptações).

Em relação às estruturas linguísticas e às ideias do texto I, julgue os
itens a seguir.

Na linha 5, o emprego do travessão tem a função de enfatizar
a ausência de contato humano nas atividades realizadas no
cotidiano, que são narradas no primeiro parágrafo.

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Fonte: ANALISTA DE SISTEMA OPERACIONAL / MEC / 2015 / CESPE