Simulado Polícia Militar do Distrito Federal - PMDF | Soldado Combatente | 2019 pre-edital | Questão 218

Língua Portuguesa / Sintaxe da oração e do período


O Twitter e o cargo público O último levantamento do “Politweets” aponta que 391 políticos eleitos no Brasil já aderiram ao Twitter. O número
não representa a parcela de políticos presentes na rede de microblogging, visto que muitos estão sem mandato e
concorrem ao pleito neste ano. Além disso, há centenas de vereadores nas mais de seis mil cidades brasileiras que
ingressam na rede sem se identificar como tal.
Não há como negar, no entanto, que a cada dia, o Twitter ganha novos adeptos na política – seja para quem a faz
diretamente ou simplesmente se interessa por ela – e que a ferramenta vem se consolidando como instrumento necessário
para o exercício de qualquer cargo público. É uma maneira fácil e rápida de disseminar uma mensagem, socializar uma
agenda, divulgar um espaço (blog, site, endereço em redes sociais) e estreitar o relacionamento com a população,
permitindo que ela possa acompanhar o dia a dia de seus eleitos.
O Twitter é, portanto, um facilitador para o encontro entre eleitor e eleito (ou postulante ao cargo). Não se trata de
uma ferramenta que faça ganhar eleição, mas pode ajudar um candidato a perdê-la para um concorrente que esteja mais
próximo do seu público, usando a rede de microblogging.
O desafio é ser ouvido: escândalos afastam o cidadão da política.
A principal função do Twitter na política é aproximar quem quer falar de quem quer ouvir e o grande desafio é ser
ouvido. Com um sistema político complexo e de difícil compreensão para quem não tem intimidade com o tema, uma
sucessão de escândalos envolvendo toda a sorte de partidos, o desinteresse pela política brasileira é um fato que assusta e
cria um perverso círculo vicioso no qual a maioria das pessoas simplesmente detesta política e políticos. Todos são
iguais, é comum ouvir, levando ao raciocínio de que a escolha, no fundo, não faz diferença – uma constatação que em
última instância ameaça a própria democracia.
A esperança é que o Twitter – ainda não se sabe o real potencial transformador da ferramenta – possa fazer com que
os eleitores estejam mais abertos a ouvir quem tem o que dizer sobre política. O sucesso da dinâmica desse contato exige
tempo e dedicação. Portanto, uma estratégia de atuação política neste espaço vai muito além dos cinco minutos
necessários para criar uma conta na rede de microblogging. É preciso ter um bom conteúdo para conquistar e manter os
eleitores –usuários.
Para que possa ser útil para a política e para a democracia, o Twitter exige relacionamento transparente e
engajamento de ambas as partes: sociedade e políticos.
(...)
Relacionamento em redes sociais não é como campanha, que tem começo e fim. É um trabalho que não possui prazo
para terminar, o que é muito positivo – assim espera-se, visto que ainda não sabemos como será o comportamento dos
hoje candidatos, amanhã eleitos.
Com o passar do tempo, a tendência é que os laços entre eleitor e eleito fiquem mais fortes, reduzindo o déficit
democrático de nosso atual sistema político e promovendo a necessária participação da população nas decisões do seu
representante durante todo o mandato.
O olhar para uma rede planejada e sólida poderá oferecer ao político um grande panorama das necessidades e anseios
do pensamento público. Isso permitirá realizar consultas rápidas antes de uma resolução, a participação popular em
projetos ainda em discussão ou ainda corrigir os rumos de algo já decidido. A pressão popular via Twitter tende a crescer
e ganhar rumos ainda desconhecidos.
Tudo isso, do ponto de vista da comunicação e da estratégia política, exige um plano de implantação e, mais do que
tudo, de manutenção em longo prazo.
(...) (Larissa Squeff é estrategista de política em mídias digitais e redes sociais da Maquina Public Relations. André de Abreu é gestor da Máquina
Web, unidade de mídias digitais e redes sociais da Máquina Public Relations, e membro do COM +, grupo de pesquisa em Comunicação,
Jornalismo e Mídias Digitais da ECA – USP)

Observe as frases:

1. “... aponta que 391 políticos eleitos...” (1º§)

2. “... que ingressam na rede sem se identificar como tal”. (1º§)

3. “... que a cada dia...” ( 2º§)

4. “... permitindo que ela possa acompanhar o dia a dia de seus eleitos” (2º§)

5. “... um concorrente que esteja mais próximo de seu público...” (3º§)

6. “É um trabalho que não possui prazo para terminar...” (8º§)

Nas frases citadas anteriormente o “que” aparece seis vezes; em três delas é pronome relativo. Assinale-as:

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Fonte: ADMINISTRADOR / FUNTELPA/PA / 2010 / IDECAN