Simulado Agência Nacional de Transportes Aquaviários - ANTAQ | Analista Administrativo - Arquivologia | 2019 pre-edital | Questão 149

Língua Portuguesa / Pontuação


A mais ínfima felicidade, quando está sempre presente
e nos torna felizes, é incomparavelmente superior à maior de
todas, que só se produz de maneira episódica, como uma
espécie de capricho, como uma inspiração insensata, em meio
a uma vida que é dor, avidez e privação. Tanto na menor como
na maior felicidade, porém, há sempre algo que faz que a
felicidade seja uma felicidade: a faculdade de esquecer, ou
melhor, em palavras mais eruditas, a faculdade de sentir as
coisas, durante todo o tempo que dura a felicidade, fora de
qualquer perspectiva histórica. Aquele que não sabe instalar-se
no limiar do instante, esquecendo todo o passado, aquele que
não sabe, como uma deusa da vitória, colocar-se de pé uma vez
sequer, sem medo e sem vertigem, este não saberá jamais o que
é a felicidade, e o que é ainda pior: ele jamais estará em
condições de tornar os outros felizes. É possível viver, e
mesmo viver feliz, quase sem lembrança, como o demonstra
o animal; mas é absolutamente impossível ser feliz sem
esquecimento. F. W. Nietzsche. II Consideração intempestiva sobre a utilidade
e os inconvenientes da história para a vida. In: Escritos sobre
história. São Paulo: Loyola, 2005. p. 72-3 (com adaptações).

Com base no texto acima, julgue os itens que se seguem.

No segundo período do texto, o trecho introduzido pelos dois
pontos apresenta uma explicação do que o autor entende por
“maior felicidade” (L.6).

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Fonte: AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO - AUDITORIA GOVERNAMENTAL / TCU / 2011 / CESPE